A coisa mais pequena alguma vez fotografada?
Obrigado aos investigadores de Brisbane, há uma resposta a esta pergunta.
E a resposta é “um”.
Num avanço científico internacional, uma equipa de investigação da Universidade Griffith foi capaz de fotografar a sombra de um único átomo pela primeira vez.
Professor Dave Kielpinski, do Centro de Dinâmica Quântica da Universidade de Griffith, disse que queria explorar o que podia ser investigado com luz visível.
“Queríamos investigar quão poucos átomos são necessários para lançar uma sombra”, disse ele.
“E provámos que é preciso apenas um”.
O importante equipamento que permitiu a descoberta foi um microscópio de super alta resolução na Universidade de Griffith.
Permitiu que um átomo fosse congelado no tempo, e que a sua sombra se tornasse escura o suficiente para ser vista.
Professor Kielpinski e os seus colegas prenderam iões atómicos únicos do elemento ytterbium e expuseram-nos a uma frequência específica de luz.
Atrás desta luz, a sombra do átomo foi lançada sobre um detector e uma câmara digital foi então capaz de capturar a imagem.
“Utilizando o microscópio de ultra alta resolução, fomos capazes de concentrar a imagem numa área menor do que a anteriormente obtida, criando uma imagem mais escura, mais fácil de ver”, disse o Professor Kielpinski.
Foi a última palavra em medição de precisão.
“Se alterarmos a frequência da luz, brilhamos sobre o átomo apenas uma parte em mil milhões, a imagem já não pode ser vista”, disse o Professor Kielpinski.
Os resultados, o resultado de cinco anos de investigação, são publicados na edição desta semana da revista Nature Communications.
O membro da equipa de investigação Erik Streed disse que a descoberta permitiu aos cientistas novas formas de investigação de materiais frágeis.
“Isto é importante se quisermos olhar para amostras biológicas muito pequenas e frágeis, tais como cordões de ADN onde a exposição a demasiada luz UV ou raios X prejudicará o material”, disse o Dr. Streed.
“No final, um pouco de luz poderá ser suficiente para fazer o trabalho”