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9 Razões para Orar

Por que devemos orar? Deus já conhece os nossos corações. Ele já conhece os nossos desejos. Então porquê rezar? Poderíamos facilmente dizer que é porque a Bíblia o ordena. Paulo chega ao ponto de dizer: “Orai sem cessar” (1 Ts. 5:17) – isso é razão suficiente. Mas vamos explorar algumas outras razões pelas quais devemos orar.

1. Rezamos porque amamos:

Uma relação de amor é uma relação de gozo mútuo. Se eu disser “amo a minha mulher” mas nunca falar com ela, é provável que não a ame. Se a amo, então quererei falar com ela, passar tempo com ela, e desejá-la. É por isso que vemos Jesus em passagens como Marcos 1, “levantando-se muito cedo pela manhã, enquanto ainda estava escuro, partiu e foi para um lugar desolado, e lá rezou”. Ele ama o Pai. O Pai ama-O, por isso quis passar algum tempo a falar com Ele mesmo antes do dia começar.

2. Oramos por gratidão:

James diz: “Toda a boa dádiva e toda a dádiva perfeita vêm de cima, descendo do Pai das luzes” (Tiago 1:17). Paulo diz em Filipenses que devemos “estar ansiosos por nada, mas em tudo pela oração e súplica com acção de graças deixai que os vossos pedidos sejam dados a conhecer a Deus” (Filipenses 4:6). Tal como o único leproso que regressou a Jesus, devemos regressar a Deus vezes sem conta com a acção de graças. Tudo o que nos foi dado, tudo o que recebemos, é um presente das Suas mãos. A oração demonstra e proporciona um veículo para a nossa oferta de gratidão.

3. Oramos porque queremos conhecer Deus mais plenamente:

Não há nada mais belo, nada maior que os nossos corações possam procurar, e nada mais gratificante do que o próprio Deus. E à medida que falamos com Ele, vamos conhecendo-O mais. Como diz o Salmista: “Uma coisa pedi ao Senhor, que eu procurarei, que eu possa habitar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a beleza do Senhor e perguntar no seu templo” (Salmo 27:4). Queremos conhecê-lo. Queremos conhecer a Deus em toda a Sua glória. Se for esse o caso, então como uma jovem mulher que namora e tenta conhecer um jovem, queremos falar mais com Ele.

4. Rezamos para conhecer melhor os nossos próprios corações:

Penso nas palavras de Habacuque: “O Senhor está no seu santo templo; que toda a terra se cale diante dele” (Habacuque 2:20). Há um benefício real em vir perante o Senhor em silêncio. É verdade que O conhecemos mais plenamente em oração, mas também nos conhecemos mais plenamente a nós próprios. Quantas vezes rezamos e somos condenados por algum pecado que não sabíamos que estava presente antes. Ouvimo-lo pronunciado dos nossos lábios ou achamos a nossa mente enredada por ele quando nos aproximamos d’Ele em oração. Tal como Pedro no telhado, somos consciencializados de que aquilo em que acreditámos ou praticámos ou sonhámos ou procurámos é profano. A oração abre os nossos corações não só perante Deus, mas também perante nós próprios. Deus já sabe o que está neles, nós muitas vezes não.

5. Oramos para nos conformarmos com a Sua Imagem:

alguns têm dito que o propósito da oração não é para que possamos mudar Deus, mas para que Deus nos possa mudar. E há muita verdade nisto. Calvino disse, rezamos em nome de Jesus para que “não entre nos nossos corações nenhum desejo e nenhum desejo de que nos envergonhemos de fazer dele uma testemunha, enquanto aprendemos a colocar todos os nossos desejos diante dos seus olhos, e até mesmo a derramar todo o nosso coração”. Na oração os nossos corações são moldados e moldados, os nossos afectos são agitados, e as nossas mentes são transformadas. O armário de oração é a academia da rectidão. Pode-se entrar como um aluno que está a estudar e emergir como cadete.

6. Rezamos para reconhecer a nossa dependência d’Ele:

Não somos seres independentes. Como Paulo pregava no Areópago, “Nele vivemos e nos movemos e temos o nosso ser”. Não somos nem podemos ser nada para além d’Ele. A oração reconhece isso. Ursinus comentou uma vez que, “a oração é tão necessária para nós como é necessário para um mendigo pedir esmola”. Um mendigo é, por definição, aquele que pede esmola. Somos pessoas, seres humanos, criados à Sua imagem; por definição somos dependentes e devemos rezar.

7. Oramos para receber d’Ele:

James diz: “Se algum de vós tiver falta de sabedoria, que peça a Deus, que dá generosamente a todos sem censura e ser-lhe-á dada” (Tiago 1:5). Nós pedimos para receber. Jesus segue o seu ensinamento do Pai Nosso em Lucas 11 com a história do homem que é acordado da cama por um amigo que deseja três pães. E Jesus diz: “Quanto mais o Pai? Se vós, que sois maus, sabeis dar bons dons aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lhe pedirem”! Tudo isto no contexto da Oração do Senhor, que se enche de pedidos para receber. Nós rezamos para receber. E temos um Pai Celestial, que adora dar. Ele é o doador de todas as boas dádivas. Se tudo de bom vem d’Ele, então em oração procuramos e pedimos-Lhe com razão.

8. Oramos porque Deus escolhe usar meios:

Há muitos que dizem: “Porquê orar se Deus já predestina todas as coisas? Porquê rezar pela conversão de alguém, porquê rezar para que Deus cure o meu corpo, porquê rezar por qualquer coisa”? Porque Deus opta por usar meios. Ele usa a chuva para fazer crescer a erva. Ele usa o sol para iluminar o mundo. Ele usa as nossas orações para realizar os Seus propósitos. É uma das realidades mais surpreendentes e humildes do universo, mas é verdade. Deus escolhe usar-nos na realização dos Seus propósitos. As nossas orações podem ser o próprio meio que Ele usa para salvar os nossos filhos, para dar saúde à pessoa na lista de orações, ou para manter a unidade na nossa igreja local. Tiago diz: “A oração de uma pessoa justa tem um grande poder enquanto está a funcionar” (Tiago 5:16). Não fazemos ideia deste lado do céu do que as nossas orações estão a realizar em nome do Reino, da nossa igreja, das nossas famílias, ou da nossa pessoa. Francamente, ficaríamos esmagados no presente se soubéssemos como Deus fez as nossas orações de propósito, com significado, e essenciais. É humilhante. E é terrivelmente excitante.

9. Oramos para que Deus receba glória:

Quando o coxo é curado em Actos 3 pela oração de Pedro, a sua resposta é levantar-se, saltar de alegria, e louvar a Deus. Quando Deus responde às nossas orações, nós oferecemos louvor. Deus recebe glória como os homens recebem d’Ele e respondem correctamente.

Oração é um presente de um Pai celestial, que adora ouvir dos Seus filhos. Há inúmeras razões para rezar. Vamos ser um povo de oração. Nunca um minuto nos armários de oração será um minuto desperdiçado ou mais tarde arrependido.

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